Estou certa de que parte de vós já terá lido ou ouvido a brilhante nova que Fátima vai ter uma discoteca cristã.
A notícia foi adiantada pela Agência de Notícias da Igreja Católica em Portugal, e o objectivo da criação da “Cristoteca” é proporcionar aos jovens uma diversão nocturna santa.
A ideia teve origem numa comunidade católica brasileira. Dançar sem esquecer a oração e a evangelização, é este o conceito.
Nada de bebidas e extravagâncias, que o que se quer é o convívio saudável entre os jovens cristãos. Para os interessados, a primeira “Cristoteca” realizar-se-á no dia 18 de Julho, com entrada gratuita.
Primeiro, há uma missa às 20 horas. Às 21 horas abre a pista de dança e serão servidas cristodrinks (sem álcool, pois claro). A evangelização é feita corpo a corpo – os jovens dançam e as missionárias evangelizam.
À meia-noite e meia, acaba-se a festa, o que aos olhos dos organizadores é preocupante na medida em que os jovens podem ir para outros espaços de diversão nocturna. No Brasil estas festas nunca acabam antes das 5 da manhã.
Ainda não decidi o que hei-de pensar disto. Alguém vai aparecer nas ditas “Cristotecas”?
Consta que no Seixal houve um evento semelhante e ainda apareceram lá 90 alminhas. Com que objectivo é que alguém aparece?
Ouvir a missa ou engatar uma pequena cristã inocente? Que história é essa da evangelização corpo a corpo de das cristodrinks? Não é tudo um pouco contraditório?
Tenho cá para mim que querem ser mais papistas que o Papa.
Como já manifestei nas redes sociais e noutros blogs, todo este conceito inovador eleva o flirt de discoteca a outro nível.
Peço desculpa às mentes mais sensíveis, já consigo visualizar umas quantas missionárias a prolongarem a santa diversão com os jovens para lá da meia-noite e meia.
E como é que alguém ouve o que quer que seja numa discoteca, com a música a rebentar com os ouvidos? Ou será que a música destes eventos é diferente? Confesso que não assimilei esta ideia genial.
Para rematar, sinto-me no dever de vos encaminhar para a Mixórdia de Temáticas sobre o assunto – Discotese (21.Junho.2012). Nem isto tinha credibilidade se o Ricardo Araújo Pereira não se pronunciasse.
Olha isso parece-me mais uma forma desesperada da igreja arranjar adeptos…
Como cada vez há menos jovens a querer saber da igreja, eles têm de recorrer a outras coisas, tipo fazer da religião uma coisa cool e tal 🙂
Enfim :/
O que eu acho é que há coisas que não se misturam, é tipo água e azeite. A Igreja que se preocupe em evangelizar que os jovens lá saberão o que é certo ou não de ser feito.
eu no meu blog não cheguei a dar a minha opinião sobre este assunto mas faço-o aqui: como a Tânia diz, é uma tentativa desesperada de conseguir cativar mais jovens para o ceio da igreja, além de que também me parece uma desculpa para essas tais missionárias poderem pecar um pouco sem serem crucificadas. mas isto é a minha opinião, que de religiosa só tenho o baptimo e afins!
e ainda hoje me perguntaram, meio a gozo, se eu nao queria ir e eu pensei “porque não?”. é que vendo bem, aquilo até deve ser bem engraçado de se ver e eu nao me importava de lá ir observar de perto todas essas práticas, só mesmo para tirar as conclusões no local porque sim, isto não faz sentido nenhum!
Confesso que também tenho curiosidade de ir espreitar o evento. É um bom exercício antropológico!
ahahah, vamos as duas! xD