Não há nada como o original

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Ultimamente, tenho-me apercebido que as cópias, falsificações e contrafacções andam por aí em grande peso no mundo da cosmética.

Esta é uma realidade que já existe há muito tempo, mas mais do que nunca está em expansão.

Acredito que o grande motor de difusão do falsificado seja a Internet, com tanta procura e acesso a novidades e o desejo de ter coisas tão apetitosas como as que as marcas nos fazem entrar pelos olhos, embora já tenha presenciado a venda deste tipo de produtos em feiras.

Muitos de vós já devem saber o que penso sobre o assunto, das lides das redes sociais e de outras andanças, mas cá fica a minha opinião: sou totalmente contra a compra e utilização de cosméticos contrafeitos e falsificados.

Mas isso és tu que tens dinheiro para esbanjar e montes de coisas que te dão!

Calma, vamos com calma, que as coisas não são assim.

E vamos pôr os neurónios a funcionar. Em primeiro lugar, a maquilhagem não é propriamente o casaco Acliclas que se compra a 5€, e que apesar de pessoalmente não ter coragem de usar, compreendo que para muita gente não faça diferença.

Eu sei que encontro boas peças à medida da minha carteira. Não tenho necessidade de exibir rótulos nem etiquetas, e quando quero algo que ultrapassa o meu orçamento, procuro alternativas sem entrar no domínio das ilegalidades ou então poupo para conseguir comprar o original.

No caso dos Acliclas, Hike, Luis Viton, o que possam imaginar, compreendo que haja quem pense que afinal se tratam só de peças de vestuário e acessórios, e que se são giros ninguém se preocupa com a proveniência e querem é que o prejuízo não seja grande.

A maquilhagem, ou qualquer outro cosmético, está em contacto com a nossa pele.

Há produtos perigosos, e por isso é importante que saibamos aquilo que estamos a utilizar. Não há nada como os originais. Para quem um produto cosmético esteja à venda no nosso país, tem de passar por testes muito rigorosos e é altamente controlado com vista a diminuir o risco de alergias ou patologias derivadas do mesmo.

Mesmo que nos aconteça algo desagradável e/ou grave com a utilização de um cosmético que está devidamente inserido no mercado, há sempre maneira de actuar para resolver o problema ao nível da saúde e podem ter a certeza que o produto em causa, ou pelo menos o seu lote, será retirado para análises e a empresa que o fabrica poderá ter de responder legalmente.

Mas o produto falsificado/contrafeito é igual ao original!

Não, não é. Nem as embalagens são iguais, quanto mais o conteúdo. Aposto que se enviassem os falsificados baratos para análise, teriam surpresas. Surpresas das más!

Há ainda a tal questão dos rótulos e etiquetas! Andei a namorar produto x de marca tal, mas não tenho dinheiro para o comprar e por isso quero um igual mas mais barato.

Desculpem lá, mas eu sempre ouvi dizer que quem não tem dinheiro não tem vícios. Repito, quando quero muito alguma coisa que ultrapassa o dinheiro que posso pagar por ela, poupo. Ou então procuro alternativas mais baratas dentro do que é seguro e legal.

Até já tenho partilhado algumas das minhas descobertas convosco, no Impossível x Acessível. Pensam mesmo que fazem boa figura ao exibir algo que nitidamente não é o produto original? Ou contam com que as amigas desconheçam as diferenças?

Eu teria vergonha. Hoje em dia, o que não falta no mercado são opções acessíveis e de qualidade para estarmos sempre bonitas e arranjadas. 

Por vezes, o barato pode sair caro.

Não se iludam com uma poupança aparente neste tipo de produtos contrafeitos e falsificados. Nunca se sabe quando o preço pode aumentar exponencialmente porque ficaram com a pele num estado lastimável, ou em casos piores porque apanharam uma intoxicação.

Há coisas muito graves que podem acontecer, coisas que por vezes nem o dinheiro pode pagar. E o povo diz que é tanto ladrão o que rouba como o que fica de vigia, por isso, por favor, não queiram colaborar com este negócio da China que na verdade é um crime.



19 thoughts on “Não há nada como o original”

  • Nao discordando do que escreveste, há produtos muito bons, que não fazem mal a pele e são a precos muito acessíveis. Se n há dinheiro para marcas xpto há que ter consciência e comprar marcas mais baixas e n deixam de ter qualidade por isso. Não e o que compramos e usamos que faz de nos maiores ou menores pessoas.

  • Também sou completamente contra réplicas, sejam elas de vestuário, cosméticos ou perfumes. Acho que é um dos crimes mais odiondos e idiotas que existe!
    É uma autêntica falta de respeito para com as marcas e não só. Como tu dizes, é um atentado que fazemos à nossa própria saúde.
    A mim também me ensinaram que quem não tem dinheiro não tem vícios e, por isso, quando era mais nova e a mesada era mais curta procurava alternativas na Zara ou na Claire’s e nunca me passou pela cabeça procurar esses pseudo artigos!
    E, sinceramente, para o tempo que um produto de maquilhagem dura, acho que podemos muito bem investir numa paleta de qualidade e original, em vez de 20 réplicas manhosas.

  • muitas vezes pagamos a marca e nao o produto por isso mesmo mts vezes prefiro marcas mais baratas mas que têm o mesmo efeito.

    • Também é um ponto de vista válido e que me esqueci de referir (embora esteja implicito quando referi os produtos acessíveis e a rubrica Impossível x Acessível), claro, muitas vezes isso acontece! 🙂 Nada justifica os falsificados e contrafeitos.

      Beijinho!

  • Uma amiga minha teve uma experiência muito má mesmo no carnaval com cosméticos dos chineses. É um grande risco!

    Gostei muito do post!*

  • Clap Clap Guida,

    Também fiz um post sobre o assunto à uns tempos… parece que as pessoas tem dificuldade em compreender que usar produtos não certificados põem em risco a sua saúde… e sem necessidade porque ha produtos low cost, que são testados, e tem qualidade razoável!

  • Gostei muito do teu artigo! É muito importante alertar para este facto, porque a verdade é que há muita menina que compra este tipo de produto pura e simplesmente para mostrar que tem algo de marca, e esquece-se que aquele produto pode conter várias substâncias proibidas…Eu quando gosto de algo que não posso comprar, ou tento encontrar algo alternativo que me satisfaça recorrendo a marcas como essence, avon, oriflame, yves rocher… Outra coisa que tenho em atenção é se fazem testes em animais, e há muitas marcas caras que ainda os fazem, infelizmente. Assim sendo, onde testarão os produtos contrafeitos? Isto se os testam… Em relação a roupa, é a mesma coisa…comprar no chinês ninguém me apanha! Sinceramente mais vale ter pouco mas bom, do que muito que não vale nada… Pelo menos sei que têm controlo!

    • Quanto à roupa, desde que não tenha etiqueta nenhuma, não vejo problema nenhum 🙂 Ainda há um grande estigma em relação às lojas chinesas, mas já lá comprei boas peças. É questão de vasculhar bem 🙂

      No resto, é mesmo isso. Houve uma amiga que no curso dela andou a analisar perfumes e os seus “genéricos” do chinês, no genérico encontrou amoníaco e ácido úrico… E anda por aí a malta toda contente a borrifar-se com xixi 😀

      Beijinho

      • Perfumes…Esqueci-me dessa parte! Realmente, quando a esmola é muita, o santo desconfia! Aí está, para serem tão baratos, tinham de ter algo de estranho, não se trata só de pagar a marca, trata-se ainda de pagar a qualidade! E tens razão no que toca a estigma em relação a chineses, mas pode ser que seja da minha zona, porque sinceramente a falta de qualidade está à vista: costuras tortas, maus acabamentos…Acredito que nem tudo é assim, mas por aqui há uma certa desconfiança em relação a eles…

  • eu concordo contigo: no que se refere a produtos que entram em contacto com a nossa pele, o melhor é optar por marcas de confiança (daí a minha implicação com os cosméticos do chinês)!
    quanto às imitações das marcas: bem, eu até acho que são uma boa alternativa para quem não pode ou não quer gastar o dobro ou o triplo do valor no artido original, mas quando estas peças apresentam descaradamente nomes que derivam do marca original (tais como o Acliclas e Hike que referiste), acho que isso já é ridículo!
    acho que o segredo está em aparentar ter artigos caros sem que se perceba, à primeira, que afinal não o são 🙂

  • Não concordo, não tenho nada contra réplicas desde que se saiba que são replicas. Eu tenho sombras, pigmentos e batons que são replicas da mac e garanto que são lindos e duram imenso, até te digo que estou completamente apaixonada por uma sombra que é replica e uso-a imenso.
    A questão é, a pessoa compra porque gostou da cor do produto ou porque é uma replica?
    A mim é-me indiferente se a embalagem é “igual” a mac ou não, a mim o que me interessa é o conteudo.

    Portanto, resumindo, acho ridiculo que se compre algo apenas porque é replica de alguma coisa, mas acho perfeitamente normal que se compre algo porque se gostou da cor mesmo que seja uma replica.

  • Concordo contigo Guida. No meu rosto a única forma de usar uma réplica é se for enganada pois de livre e espontânea vontade jamais comprarei uma réplica! Há produtos que são testados e estão à venda ao público e provocam reações más, imagino aqueles que não são tão exaustivamente testados…

    bjo*

  • Eu não usaria réplicas/contrafacções nem que me pagassem.
    Prefiro não ter :/
    Se procurarmos bem, encontramos produtos iguais/parecidos a preços estupidamente acessíveis.
    Não percebo por exemplo, o porquê de se comprar uma réplica do touche eclat da YSL, quando temos os irmãos mais baratos da L’oréal e da Maybelline (neste caso os dream lumi touch). Neste caso a Lóréal é uma querida. Quando um produto da YSL vende bem, eles arranjam maneira de depois, lançarem dupes na Maybelline e assim.
    Se procurarmos, encontramos montes de dupes dos blushes da NARS na elf, nyx e Sleek.

    Se queremos mesmo, mesmo o produto da marca X, então devemos trabalhar para ele.

    Afinal de contas, maquilhagem não faz parte dos bens de primeira necessidade.

    Gostei bastante do post!
    beijinhoo*

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